quarta-feira, 26 de novembro de 2014

EJA: CIRCUITO LITERÁRIO

Gincana Escolar

Com o tema Nossa Fala, Dicionário Papa-chibé, os alunos da 1ª e 2ª Totalidades do Conhecimento da Educação de Jovens e Adultos participarão de uma gincana escolar, no dia 27/11 (quinta-feira), cujas tarefas são as seguintes:
  • Gravar um vídeo com diálogo ou pequena peça ilustrando nossa fala;
  • Paródias musicais com o tema;
  • Poemas: composições e declamações;
  • Um prato típico, para degustação;
  • Arrecadação de roupas e alimentos para o Natal Solidário.
A atividade é parte integrante do projeto Circuito Literário, concebido pelo professor Valdeci Nascimento, coordenador das atividades desenvolvidas pela EJA na Biblioteca do Liceu Escola, e tem por objetivo instigar o desenvolvimento dos quatro pilares da educação: conviver, fazer, pensar e conhecer.

Para estimular a interação entre os alunos da 1ª e 2ª Totalidades, desenvolver o espírito de coletividade e valorizar a cultura local, a atividade conta com as parcerias das professoras-regentes das turmas - Marluce Amaral e Socorro Mascote -, da coordenadora pedagógica Aline Ellen Fontes e do professor de Informática Educativa José Carlos Oliveira.

Atividades da EJA na Biblioteca





Fotos: Prof. Valdeci Nascimento
Postado por Prof. José Carlos Oliveira

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dia Nacional da Consciência Negra

 20 de Novembro

O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares e reivindica essa figura histórica como símbolo de resistência.

Monumento a Zumbi dos Palmares em Salvador, Bahia

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído oficialmente pela lei 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares - situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região nordeste do Brasil. Zumbi foi morto em em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. Maiores informações podem ser consultadas no texto História do Quilombo de Palmares.


A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros doMovimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em 1978, no contexto da Ditadura Militar Brasileira, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que seus descendentes reivindicam.

Com a redemocratização do Brasil e a promulgação da Constituição de 1988, vários segmentos da sociedade, inclusive os movimentos sociais, como o Movimento Negro, obtiveram maior espaço no âmbito das discussões e decisões políticas. A lei de preconceito de raça ou cor (nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989) e leis como a de cotas raciais, no âmbito da educação superior, e, especificamente na área da educação básica, a lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira, são exemplos de legislações que preveem certa reparação aos danos sofridos pela população negra na história do Brasil.

A figura de Zumbi dos Palmares é especialmente reivindicada pelo movimento negro como símbolo de todas essas conquistas, tanto que a lei que instituiu o dia da Consciência Negra foi também fruto dessa reivindicação. O nome de Zumbi, inclusive, é sugerido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africanacomo personalidade a ser abordada nas aulas de ensino básico como exemplo da luta dos negros no Brasil. Essa sugestão orienta-se por uma das determinações da lei Nº 10.639, que diz no Art. 26-A, parágrafo 1º: “O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.”

A despeito da comemoração do Dia da Consciência Negra ser no dia da morte de Zumbi e do que essa figura histórica representa enquanto símbolo para movimentos sociais, como o Movimento Negro, há muita polêmica no âmbito acadêmico em torno da imagem de Zumbi e da própria história do Quilombo dos Palmares. As primeiras obras que abordaram esse acontecimento histórico, como as de Edison Carneiro (O Quilombo dos Palmares, Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 3a ed., 1966), de Eduardo Fonseca Jr. (Zumbi dos Palmares, A História do Brasil que não foi Contada. Rio de Janeiro: Soc. Yorubana Teológica de Cultura Afro-Brasileira, 1988) e de Décio Freitas (Palmares, a guerra dos escravos. Porto Alegre: Movimento, 1973), abriram caminho para a compreensão da história da fundação, apogeu e queda do Quilombo dos Palmares, mas, em certa medida, deram espaço para o uso político da figura de Zumbi, o que, segundo outros historiadores que revisaram esse acontecimento, pode ter sido prejudicial para a veracidade dos fatos.
Um dos principais historiadores que estudam e revisam a história do Quilombo dos Palmares atualmente é Flávio dos Santos Gomes, cuja principal obra é De olho em Zumbi dos Palmares: História, símbolos e memória social (São Paulo: Claro Enigma, 2011). Flávio Gomes procurou, nessa obra, realizar não apenas uma revisão dos fatos a partir do contato direto com as fontes do século XVI e XVII, mas também analisar o uso político da imagem de Zumbi. Segundo esse autor, o tio de Zumbi, Ganga Zumba, que chefiou o quilombo e, inclusive, firmou tratados de paz com as autoridades locais, acabou tendo sua imagem diminuída e pouco conhecida em razão da escolha ideológica de Zumbi como símbolo de luta dos negros.

Além dessa polêmica, há também o problema referente à própria estrutura e proposta de resistência dos quilombos no período colonial. Historiadores como José Murilo de Carvalho acentuam que grandes quilombos, como o de Palmares, não tinham o objetivo estrito de apartar-se completamente da sociedade escravocrata, tendo o próprio Quilombo dos Palmares participado do tráfico e do uso de escravos. Diz ele, na obra Cidadania no Brasil: “Os quilombos que sobreviviam mais tempo acabavam mantendo relações com a sociedade que os cercava, e esta sociedade era escravista. No próprio quilombo dos Palmares havia escravos”. (CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p. 48).
As polêmicas partem de indagações como: “Se Zumbi, que foi líder do Quilombo de Palmares, possuía escravos negros, a noção de luta por liberdade nesse contexto era bem específica e não pode colocá-lo como símbolo de resistência contra a escravidão”. A própria história da África e do tráfico negreiro transatlântico revela que grande parte dos escravos que a coroa portuguesa trazia para o Brasil Colônia era comprada dos próprios reinos africanos que capturavam membros de reinos ou tribos rivais e vendiam-nos aos europeus. Essa prática também ressoou, como atestam alguns historiadores, em dada medida, nos quilombos brasileiros.
Nesse sentido, a complexidade dos fatos históricos nem sempre pode adequar-se a anseios políticos. Os estudos históricos precisam dar conta dessa complexidade e fornecer elementos para compreender o passado e sua relação com o presente. Entretanto, esse processo precisa ser cuidadoso. O uso de datas comemorativas como marcos de memória suscita esse tipo de polêmica, que deve ser pensada e discutida criteriosamente, sem prejuízo nem das reivindicações sociais e, tampouco, da veracidade dos fatos.
Por Me. Cláudio Fernandes
* Créditos da imagem: Commons





Pesquisa: Equipe do jornal Folha Verde






Postado por Prof. José Carlos Oliveira

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O MINOSSAURO EM QUADRINHOS

O projeto "Memória da Literatura no Pará - Ontem e Hoje", que abordou autores in memoriam e autores contemporâneos, nos permitiu trabalhar em várias etapas com a obra “O Minossauro”, do autor Benedicto Monteiro. Esta obra literária narra a história de Miguel dos Santos Prazeres, um herói caboclo que vive em uma Amazônia mitológica povoada por muitos mistérios e perigos. No entanto, um dos maiores dilemas vividos pelo nosso herói são os maus conselhos de seu padrinho Possidônio, que deseja vê-lo espalhando maldades por dentro da floresta...

Em um primeiro momento, a obra foi lida por um grupo de alunos, que posteriormente reuniram-se no projeto “Café Literário” para uma conversa literária em torno da obra do autor. 

A segunda etapa da elaboração consistiu na apresentação de uma peça a ser encenada no dia do Livro Infantil. Na realização da peça tivemos a participação de alunos e de membros da comunidade externa que participaram ativamente de todo o processo de realização do projeto. Além disso, o professor de arte/teatro nos deu apoio para o ensaio e finalização da peça.

Na terceira etapa, foram ministradas técnicas de desenhos com traços estilizados para quadrinhos. Finalizado o processo de elaboração do roteiro e execução dos desenhos nos quadrinhos da narrativa, iniciamos a apresentação do programa Hagáquê para os alunos na Sala de Informática Educativa. A partir de então, os alunos aprenderam as técnicas do programa Hágaquê e finalizaram o projeto gráfico do quadrinho.

Projeto "Memória da Literatura no Pará - Ontem e Hoje"

O projeto pretende estimular os alunos do ensino fundamental, docentes da rede pública municipal de ensino e a comunidade do entorno a conhecer a Literatura de Expressão Amazônica, especialmente a produzida no Pará, mediante a biobilbiografia sobre autores dos diversos gêneros desta expressão. Com esse trabalho, a Semec pretende revitalizar obras do passado, estimulando a leitura no presente, para criar futuros leitores.
(Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares-SISMUBE) 
José Antonio Junior
(Biblioteca do Liceu Escola)

Postado por Prof. José Carlos

ALUNOS DO LICEU ESCOLA PREMIADOS EM CONCURSO DE POESIA E DESENHO DA SeMOB

Marcos Alejandro e Beatriz Cristina, alunos da turma 301, foram premiados pela obtenção dos primeiros lugares nas categorias de Desenho e de Redação, respectivamente, no dia 25 de setembro, em concurso promovido pela SeMOB. Ambos receberam diplomas e medalhas de honra ao mérito como forma de reconhecimento ao seus talentos. 

Este concurso fez parte das ações educativas relacionadas à realização da Semana Nacional da Educação no Trânsito, que no Pará foi promovida pela SeMOB em parceria com diversas entidades civis e escolas públicas. No Liceu Raimundo Cardoso, as atividades de Educação no Trânsito contaram com a participação dos profissionais da Biblioteca.

A escola se orgulha grandemente dos alunos vencedores, e espera que eles se espelhem nesse mérito como forma de incentivo aos estudos e à produção de desenhos e poemas.
José Júnior
(Biblioteca do Liceu Escola)

Marcos AlejandroBeatriz Cristina
Postado por Prof. José Carlos Oliveira

JORNAL FOLHA VERDE - EDIÇÃO 03

Jornal das turmas de Educação Ambiental do professor Andson Oliveira, editado sob a coordenação do professor José Carlos Oliveira (Sala de Informática Educativa), com a colaboração das professoras Andréa Martins (Língua Portuguesa) e Márcia Mara Barroso (Ensino das Artes).





segunda-feira, 3 de novembro de 2014

EJA: VALORIZAÇÃO DA CULTURA E DA ARTE PARAENSES

Alunos da 1ª e da 2ª Totalidades da Educação de Jovens e Adultos do Liceu Escola visitaram, na Estação Docas, as Exposições “A Arte que vem do céu” e a “A devoção que vem dos rios”, que fazem parte da programação Nazaré em Todo Canto, e o “Memorial do Porto”, que conta a história da navegação no Pará.

A exposição A Arte que vem dos Céus apresentava brinquedos de miriti, feitos por artesãos de Abaetetuba, dependurados no teto do Boulevard das Feiras e Exposições. A segunda exposição também apresentava o resultado de workshops feitos com artesãos daquela cidade, que fizeram intervenções artísticas em peças de embarcações, comuns na região. 

O encantamento com as peças dependuradas em girândolas no teto da Estação foi inevitável. Todas as cores e formas dos brinquedos de miriti trouxeram um sorriso em cada rosto reclinado para observar melhor os detalhes. Cada girândola apresentava um tema diferente: animais da nossa fauna, referências ao Círio de Nazaré e os tradicionais brinquedos; e cada girândola trouxe uma lembrança aos alunos. Houve os que se lembraram de suas próprias infâncias, de seus tios, pais ou avós que confeccionavam ou compravam os brinquedos no período do Círio.

A devoção que vem dos rios trouxe, igualmente, lembranças de tempos passados, do costume de andar de barco, de “casquinhos” ou, como se chama comumente na nossa região de “pô-pô-pôs” pelos rios da Amazônia. Lembranças também trazidas à tona pelo “Memorial do Porto”. Foi um momento de muita nostalgia para todos que visitaram as exposições.
Aline Ellen Fontes
Coordenadora da EJA






















Nilson Chaves, com  a professora Marluce e alunos da EJA

Postado por Prof. José Carlos Oliveira