Nossa Escola










O Liceu Escola de Artes e ofícios “Mestre Raimundo Cardoso” integra o projeto “Sistema de Educação para um Desenvolvimento Sustentável” da Rede Municipal de Ensino de Belém, regulamentado pelo Decreto N° 29.205/96, da Prefeitura Municipal de Belém, de 13 de setembro de 1996, e no seu Art. 3° apresenta a conceituação:

A Rede de Unidades de Educação para o Desenvolvimento Sustentável está ligada à noção de desenvolvimento humano sustentado, voltada ao enfoque integrado e culturalmente assentado do processo de desenvolvimento, no qual a educação aparece como estratégia primordial da capacidade inovadora e humanizadora do progresso. Destaca-se, nesse processo, a inserção política e econômica do alunado, atendendo anseios e perfil socioeconômico-cultural das comunidades na geração de renda. (BELÉM, 1996)

Amparada nesse Decreto, a Prefeitura Municipal de Belém criou cinco Unidades Integrantes da Rede de Educação para o Desenvolvimento Sustentável e dentre elas o Liceu Escola.
Em consonância com a concepção de desenvolvimento sustentável, a proposta pedagógica inicial do Liceu baseia-se numa visão sistêmica, sem perder de vista as articulações com a cultura local, representada especialmente pelo seu Patrono.
O Liceu comemora seu aniversário no dia 19 de março, data considerada um marco para a comunidade local, pois foi quando a escola começou a funcionar, antes de sua inauguração oficial que só aconteceu em dezembro de 1996.

O PATRONO DO LICEU

O nome da escola é uma homenagem ao Mestre Raimundo Saraiva Cardoso, nascido em Vigia (PA) no dia 29 de julho de 1930 e falecido em Belém (PA) em 2007, herdeiro das técnicas da arte ceramista de sua mãe, descendente direta dos Aruã, último povo marajoara.
Autodidata, Mestre Cardoso interessou-se pela cerâmica indígena da Amazônia, pesquisou em bibliotecas e no Museu Paraense Emílio Göeldi teve a oportunidade de estudar a cerâmica arqueológica diretamente na fonte. Em busca de aprimoramento de técnicas, adentrou a floresta para coletar sementes, raízes e pigmentos, com os quais experimentou a elaboração de corantes e antiplásticos, que usou com maestria em sua produção. Suas réplicas e recriações das cerâmicas: marajoara e tapajônica, de perfeição e beleza incomparáveis, ganharam o mundo, tornando-o reconhecido nacional e internacionalmente.

Texto da Profª M.Sc. Janice Lima

Nenhum comentário:

Postar um comentário