INTÉRPRETE: A
palavra “intérprete” vem do grego hermêneús,
derivada do deus Hermes, onde Platão associa Hermes a hermêneús (que significa intérprete e mensageiro). O intérprete é a
pessoa que interpreta de uma língua (língua fonte) para outra língua (língua
alvo) o que foi dito.
Língua
fonte: é a língua que o intérprete ouve ou vê para a partir dela,
fazer a tradução e interpretação para a outra língua (língua alvo).
Língua
alvo: É a língua na qual será feita a tradução ou interpretação.
O intérprete de língua de sinais é o profissional que domina
a língua de sinais e a língua falada do país e que deve ter qualificação
específica para atuar como intérprete.
O intérprete está para
intermediar um processo interativo que envolve determinados momentos
conversacionais e discursivos e tem a responsabilidade pela veracidade e
fidelidade das informações. Assim, ética deve estar na essência desse
profissional. Abaixo veremos alguns preceitos éticos do profissional intérprete
de LIBRAS, tais como:
1.
Confiabilidade (sigilo profissional);
2.
Imparcialidade (ser neutro e não
interferir com opiniões próprias);
3.
Discrição (deve estabelecer limites no
seu envolvimento durante a atuação);
4.
Distância Profissional (o profissional
intérprete e sua vida pessoal são separados);
5.
Fidelidade (a interpretação deve ser
fiel, o intérprete não pode alterar a informação por querer ajudar ou ter
opiniões a respeito de algum assunto, o objetivo da interpretação é passar o
que realmente foi dito).
Por volta dos anos 80 foi
forte presença de intérpretes de
língua de sinais em trabalhos religiosos, onde podemos destacar o início para
essa profissão.
Em
1988, realizou-se o 1º encontro Nacional de intérpretes de Língua de Sinais
organizado pela FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos),
que propiciou pela primeira vez, o intercâmbio entre alguns intérpretes do
Brasil e a avaliação sobre a ética do profissional intérprete.
No
dia 24 de abril de 2002, foi homologada a lei federal de nº 10.436, que reconhece a língua brasileira de
sinais como língua oficial das comunidades surdas brasileiras. Tal lei
representa um passo fundamental no processo de reconhecimento e formação do
profissional intérprete da língua de sinais no Brasil, bem como, a abertura de
várias oportunidades no mercado de trabalho que são respaldadas pela questão
legal.
Outro passo
importante foi a regulamentação da profissão Tradutor e
Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, com a lei federal de nº 12.319,
de 1º de setembro de 2010.
Em vários países há tradutores e intérpretes
de língua de sinais. A participação de surdos nas discussões sociais
representou e representa a chave para a profissionalização dos tradutores e
intérpretes de língua de sinais.
LIBRAS:
LIngua BRAsileira de Sinais.
Esta sigla é difundida pela Federação Nacional de Educação e Integração de
Surdos. É utilizada pelas comunidades surdas brasileiras. É uma língua
visual-espacial articulada através das mãos, das expressões faciais e do corpo.
Aplicação do Teste de ALFAMAT no Liceu |
Texto: Cássia
Mendes
Intérprete
de língua de sinais
Graduanda em Letras/LIBRAS
Foto: Prof. José Carlos
Foto: Prof. José Carlos
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