Avanço do HIV ainda preocupa no Pará
- Tratamento adequado para quem foi contaminado pelo vírus HIV – causador da doença – e ações de prevenção para evitar novos casos são os desafios em pauta neste 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate à Aids.
- No Pará, apesar dos avanços médicos, mortes continuam: tratamento ainda não chega a todos os municípios do Estado. Dos 144 municípios, apenas em 61 é possível fazer o exame gratuitamente. Destes, 21 têm serviços de assistência e em apenas 18 é feito o tratamento.
Os primeiros casos foram notificados em 1981 nos Estados Unidos. Naquele momento, a maioria registrada entre homossexuais espalhou o mito errôneo do que foi apelidado de “câncer gay”. O vírus foi identificado três anos depois e sua descoberta causou pânico. Jovens assistiram à perda de ídolos como o cantor Cazuza.
- O tratamento ainda não está disponível em todos os municípios, o que faz com que muitos portadores do vírus tenham que percorrer grandes distâncias em busca de diagnóstico e dos remédios. Diante dessas dificuldades, alguns abandonam o tratamento e acabam engrossando as estatísticas de morte.
- A doença que poderia estar controlada ainda faz vítimas fatais no Estado. Em 2009, foram 432 mortes. Em 2010, esse número aumentou para 489 e, em 2011, chegou a 513 mortes. A faixa etária mais afetada vai de 19 a 39 anos, jovens com vida sexual ativa, pouca informação sobre a doença ou que simplesmente se recusam a a usar o preservativo. “A maioria dos casos de contaminação se dá por via sexual”, diz a coordenadora do programa de DST/Aids da secretaria de Estado de Saúde, Déborah Crespo.
- Em 2011, foram registrados 1.504 novos casos de pessoas contaminadas com o vírus no Pará, sem 907 homens e 597 mulheres.
- Em 2012, esse número foi de 1.270, dos quais 761 do sexo masculino e 509 do sexo feminino. Belém lidera o número de registros.
- Em todo o Estado há 4.800 pessoas em tratamento.
Desde que foi descoberto o chamado coquetel antirretroviral, ser contaminado pelo vírus HIV deixou de ser uma sentença de morte, mas a doença ainda não tem cura, embora com o controle via medicamentos os pacientes possam levar uma vida quase normal.
O coquetel é distribuído gratuitamente nos postos de saúde do País. O tratamento foi garantido por lei em 1993 e, graças a isso, o Brasil se tornou referência mundial no controle da doença. Mas nem tudo são flores
nessa história. “Ainda não existe uma vacina contra a aids nem cura, mas há
formas de tratamento cada vez mai eficientes. O paciente pode morrer por
qualquer outra complicação, mas não pela doença se seguir o tratamento à risca”,
diz a Déborah Crespo, alertando que os pacientes precisam manter a medicação e
fazer o controle periódico da doença.
Aprenda Mais
Diário do Pará
Rita Soares
Pesquisa: Anderson Moraes (EJA)
Postado por Prof. José Carlos
Nenhum comentário:
Postar um comentário