Memória da Vila Sorriso
O que restou da bucólica paisagem?
cenário propício aos versos do poeta
O encanto deu lugar ao desencanto.
O que sinaliza o ontem:
Decepções; medo pavor do hoje.
A casa sem porta a quem importa?
Janelas voltadas para o descaso
Há de se... rever os danos...
...buscar os sonhos...
...pensar na vida...
... de contemplar o acaso.
Meus versos diante dos teus?
Imaturos, longe de te alcançar.
Mas, me envolvi na tua História, obra e
Vida.
Ah! Tavernard... quisera a gente deste lugar
Ao invés dos cultos midiáticos modernos
Cultivar a tradição popular.
A vila que sorriu, agora esmaece e chora a violência e
abandono.
Os sobrados antigos desmoronam depredados coitados...
Patrimônio? Memórias?... só em cartões postais.
A Matinta Perera que pena. E o boto sinhá?
A quem encantará na noite de luar.
Icoaraci outrora um tabuleiro de xadrez,
Com ruas e travessas...calçadas com colossais mangueiras.
Quintais...
sapotizeiros, açaizeiros e bananeiras.
Chalés: retiros hospitaleiros com festas de Carnaval...São
João.
Alguidás, patichuly e banhos de cheiro.
Serestas apaixonadas e natais com pastorinhas
A “vila” cresceu sem que tenham acompanhado seus passos e
espaços
Tomou rumos enviesados: bairros afogados e transbordados à
espera de mentes conscientes...
Compromisso desprovido de má intenção
Afinal de contas teu povo não pode sucumbir
Sem lutar.
Postado por Prof. José Carlos.
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