Icoaraci, criado em 8 de outubro de 1869, é um dos oito distritos em que se divide o município de Belém, capital do estado do Pará, no Brasil. Dista aproximadamente 20 km do Centro da capital estadual, com acessos Rodovia Augusto
Montenegro e pela Rodovia Artur Bernardes. Possui cerca de 280 000 habitantes, segundo dados de 2010.
"Icoaraci" é uma palavra de origem tupi. Significa "sol do rio", a partir da junção de y (água, rio) e kûarasy (sol).
O centro do distrito compreende os bairros Águas Negras, Agulha, Campina de Icoaraci, Cruzeiro, Maracacuera, Paracuri, Parque Guajará, Ponta Grossa e Tenoné. Seu núcleo original, a partir do qual se expandiu, guarda os termos "travessas" e "ruas"; essas últimas chamadas cotidianamente pela sua ordem de fundação: 1ª, 2ª, e assim até chegar na 7ª rua.
As principais ruas, avenidas e travessas atuais, são Rua Padre Júlio Maria, Avenida Dr. Lopo de Castro (antiga Travessa Cristóvão Colombo), Estrada do Outeiro, Rua 8 de Maio, Rua 15 de Agosto, Rua Coronel Juvêncio Sarmento, Rua Manoel Barata, Rua Santa Izabel, Travessa Berredos, Travessa Itaboraí, Travessa Moura Carvalho, Travessa São Roque,Travessa Souza Franco, Rua 2 de Dezembro e Travessa Soledade.
A economia de Icoaraci é baseada em um parque industrial que abriga, principalmente, os ramos de pesca, madeira, marcenaria e palmito. Outro polo econômico do distrito é a feira da Oito de Maio, situada no bairro da Campina, uma feira a céu aberto das mais movimentadas de Belém, sendo a mais frequentada de Icoaraci.
Mas, Icoaraci se destaca mesmo é como importante polo de artesanato em cerâmica, instalado no bairro do Paracuri, onde se produzem peças ornamentais, utilitárias e réplicas de vasos típicos de antigas nações indígenas, principalmente Marajoara e Tapajônica, a partir de peças catalogadas pelo Museu Emílio Göeldi, o que garante ao lugar imensurável importância, sobretudo cultural, mais até do que econômica, não só para Belém ou para o Pará, mas para a região amazônica, já que também é lar de diversos grupos folclóricos de danças típicas (Asa Branca, Vaiangá, Balé Folclórico da Amazônia, Grupo de Expressões Culturais Arte Marajoara), de músicos (Mestre Verequete, Nazaré Pereira), do poeta Antônio Tavernard, entre outros expoentes da arte amazônica, como Mestre Cardoso (ceramista) e professora Etelvina (dança folclórica).
Por sua estrutura de serviços com bancos, hospitais, fórum, cartório, supermercados etc., Icoaraci mantém-se como importante centro, para onde convergem pessoas de povoações ribeirinhas e bairros próximos.
O turismo é forte na "Vila Sorriso", com a exposição da cerâmica icoaraciense na Praça São Sebastião, bem na orla banhada pela Baia de Guajará, onde o visitante é bem servido por um polo gastronômico composto da típica culinária paraense (tacacá, maniçoba, pato-no-tucupi), com destaque para a caldeirada com frutos dos rios amazônicos, seja nos restaurantes, seja nos quiosques que circundam a Praia do Cruzeiro, ou uma simples água de coco no Pontão, ao se apreciar o pôr do sol, sugestionado pelo próprio nome tupi Ico-araci (onde o sol repousa).
Destacam-se como centros a Biblioteca Municipal Avertano Rocha, o Museu de Artes Populares e o Liceu Escola de Artes e Ofícios "Mestre Raimundo Cardoso".
Orla de Icoaraci |
Delegacia de Icoaraci |
Orla de Icoaraci - atração turística do Distrito |
Porto de Icoaraci |
Pracinha da Delegacia |
Praça da Igreja São João Batista |
Pesquisa: Wendy Gonçalves (Jornal Cultura Jovem)
Postado por Prof. José Carlos
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